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Doze é Demais | Realmente era necessário?

Tentando impulsionar seu catálogo, o Disney Plus apostou e desenvolveu uma nova versão de “Doze é Demais”. Diferentemente do longa de 2003 e dos pensamentos da época, a nova versão aborda a representatividade, sendo dirigido por uma mulher e trazendo uma família negra para o protagonismo. No entanto, a produção esquece de desenvolver um simples fator: o roteiro!

Com a direção de Gail Lerner, a trama gira entorno da família Baker, que é formada por um casal bi-racial. A família, que se constitui após o casamento de dois pais solos, agora precisa lidar com o caos de seus 10 filhos morando juntos. Nessa casa diversa de 12 pessoas, o desafio é lidar com o dia-a-dia agitado e a vida doméstica, enquanto ainda administram os negócios da família.

Nessa energia de caos total com tantas pessoas juntas, o longa foca em assuntos importantes, como racismo e inclusão. E isso é feito de uma forma bem honesta, com simplicidade e boa execução. Contudo, apesar de todas as importantes questões raciais que o longa apresenta, a produção não elabora o principal fator de um filme: Seu roteiro! A trama é tão simples que praticamente não existe. Na verdade, ao tentar criar uma história, jogam um arco atrás do outro, sem que haja uma coesão entre eles. Num momento se fala sobre a lanchonete, em seguida é a casa, depois a escola. Muda tão rapidamente que nenhum se desenvolve com o mínimo de perfeição.

Sobre os atores, apesar da dupla de protagonistas, Zach Braff e Gabrielle Union, dar conta do recado, a todo momento há a impressão de que falta algo. As piadas na maioria das vezes não funcionam e só transmitem a sensação de pura vergonha. Na real, o próprio casal se desenvolve melhor quando estão separados. E de quem isso é culpa? Do roteiro.

No geral, “Doze é Demais” não tem um elenco jovem que faça o filme valer a pena. Isso acaba sendo um problema vindo do ritmo apressado do longa, que não permite que cada personagem se desenvolva de uma maneira adequada. Mas no final, todos os fatores estão entrelaçados, não é mesmo? Na tentativa de apresentar um clássico para uma nova geração, a produção se perde em seus próprios objetivos, fazendo com que, ao terminar de assistir, você só tenha ainda mais vontade de rever a versão estrelada por Steve Martin e Bonnie Hunt.

Nota: 6/10

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