Sing 2 | O poder da música para curar nossas dores

Uma sequência doce e recheada de surpresas atrevidas. É assim como podemos classificar “Sing 2”. Seguindo o espírito do seu antecessor, a animação mergulha no mundo do espetáculo, dando um show visual e explorando os relacionamentos entre os personagens.

Na trama, o criativo coala Buster Moon e seu elenco de estrelas se preparam para lançar uma extravagante apresentação. Há apenas um obstáculo no caminho desses artistas: eles precisam encontrar e persuadir o astro do rock mais recluso do mundo, Clay Calloway, a se juntar a eles. 

Girando a história em uma cidade que em muito lembra Las Vegas, Buster só consegue o show pois prometeu ao lobo Jimmy Crystal que sua produção contaria com Calloway. Nessa busca desesperada em transformar a mentira em uma verdade, o longa cria inúmeras situações de pura emoção, mas sem perder a leveza de seu divertido humor.

Com belas apresentações no último ato, talvez as canções não ficarão tão marcadas em sua memória quanto no primeiro filme. Porém, quando Calloway, dublado por Bono, finalmente solta a sua vez, não tem como não se arrepiar. É um espetáculo!

O retorno dos personagens principais também é sensacional. Uma vez que expandem seus conflitos internos, o longa se desenvolve de modo que na jornada individual, eles possam superar os seus medos através da música. Claro que nem todos ganham tanto destaque assim, mas no geral, é bem distribuído o tempo em tela (com Dona Kiki ganhando o meu coração). Ah, vale ressaltar que os novos personagens também funcionam muito bem, apesar da filha de Jimmy, Porsha, ser um pouquinho irritante.

Como um todo, “Sing 2” cumpre seus objetivos e aprimora o desenvolvimento de cada personagem. No entanto, como filme em si, esbarra uma trama não tão redondinha como no primeiro. Mas acredite, se você gostou da animação anterior, certamente irá gostar dessa aqui. Ao final, a produção mostra como o poder da música pode curar até mesmo a maior de nossas dores.

Nota: 8,5/10