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O Massacre da Serra Elétrica: O Retorno de Leatherface | Era melhor não ter retornado

 
Iniciada nos anos 70, a franquia "O Massacre da Serra Elétrica" (do original "The Texas Chainsaw Massacre") trouxe para as pessoas um novo conceito de filmes de terror, com efeitos fortes de sangue e um dos mais icônicos vilões do slasher. A produção de Tobe Hooper tinha tudo no local certo e se tornou algo memorável para muitos fãs do gênero. Contudo, o mesmo não pode ser dito desta nova produção da série que segue a continuidade do filme de 1974 e ignora todas as outras continuações e/ou reboots já feitos.

"O Retorno de Leatherface" queria dar para o público o que os fãs de Michael Meyers tiveram em 2018 com o retorno da franquia e de sua final girl, mas os produtores falham em construir as bases necessárias para isso e se escoram apenas na ideia de repetir o que já foi feito com outra franquia e personagem. Seria até uma boa se os erros parassem por aí...

O grupo de jovens aqui apresentados é a melhor representação do tipo de grupo cujo o telespectador não se importa e não vê a hora de que eles sejam pegos em seus momentos de burrice e sofram sua merecida morte brutal. O plano deles não chega nem a fazer sentido, uma vez que consiste em montar uma “eco-vila” onde antes era uma cidade fantasma e leiloar os prédios para quem quiser construir lá. Isso é basicamente um gatilho para desencadear a fúria do assassino mortal após seus cinquenta anos de aposentadoria devido a um acontecimento específico.

A duração do longa é um dos pontos mais bem trabalhados, pois claramente os produtores não sabiam muito para que lado levar a história e decidiram não enrolar muito. A maquiagem nos momentos de gore e more também serve ao seu propósito sendo memorável.

"O Retorno de Leatherface" não traz momentos memoráveis. O modo que o longa é filmado muitas vezes quer flertar com algo mais rebuscado, mas só se torna algo vazio e que não acrescenta em nada para a trama geral ou para a fotografia. É tudo muito apagado justamente pela tentativa de cópia de fórmula. O espectador não pode nem esperar uma trilha sonora marcante porque até nesse quesito o filme falha. Falha em trazer uma personagem legado (que não é nem interpretada pela mesma atriz), falha em montar uma trama e falha principalmente em solidificar o mito do assassino no título que muitas das vezes parece até um personagem saído de quadrinhos, o que descaracteriza ele em sua primeira aparição no filme original onde o mesmo era quase um “crianção”. Isso fora outro detalhe omitido do passado do assassino como a família canibal.

"O Massacre da Serra Elétrica: O Retorno de Leatherface" é o exemplo perfeito de que fórmulas não funcionam em obras similares só por estarem encaixadas no mesmo subgênero. A produção se torna um desperdício e um desgaste da marca que deve ficar ainda mais tempo sem ter uma nova produção.

O longa se encontra disponível na Netflix.

Nota: 4/10

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