Escape Room 2: Tensão Máxima | Caindo em sua própria armadilha
Sequência desenvolvida pela Sony Pictures, “Escape Room 2: Tensão Máxima” usa a mesma fórmula do primeiro filme, mas com uma péssima motivação por trás. Com envolventes desenvolvimentos e resoluções para cada sala (apesar de alguns serem irreais demais), o longa peca na escala escolhida, onde a produção tenta ser algo maior do que o necessário.
Na trama, algum tempo após o primeiro filme, os sobreviventes tentam provar que a Minos Corporation é real. As pistas os levam para um edifício misterioso na cidade de Nova York, mas alguns eventos fazem seus caminhos seguirem até um vagão de metrô. Lá, se encontram com outros vencedores do “jogo” e são obrigados a se envolverem novamente com estas brincadeiras mortais.
A grande diferença entre este e o filme anterior está justamente no vilão. Seguindo a história apresentada no final do primeiro longa, a trama apresenta quem está por trás destes jogos e explora toda a sua motivação. Contudo, tal desenvolvimento não é bem feito e em nada convence quem assiste. O roteiro escrito por Will Honley, Maria Melnik, Daniel Tuch, e Oren Uziel é confuso e beira o ápice do clichê de tão mal escrito. Toda a reviravolta final então... Não tem como não se indignar. Uma simples palavra define: Ruim.
As armadilhas em si continuam sendo bem elaboradas e difíceis de se resolver. Deste modo, alguns personagens novos ganham como única função a solução destes enigmas. É curioso o quão inteligente todos eles são, ainda mais em situação de vida ou morte. Porém, apesar dos grandes cenários para se desenvolver o jogo, a realidade é deixada de lado (como na cena do ácido), perdendo totalmente a tensão que tal momento deveria provocar.
Com uma boa trilha sonora, atuações no máximo “ok” e efeitos sem nada de excepcional, “Escape Room 2: Tensão Máxima” cai em sua própria armadilha e se perde na história. Maçante e sem inovação, o filme do diretor Adam Robitel não tem foco e quer criar um contexto gigante para o surgimento dos desafios, mas acaba esquecendo de desenvolver coerentemente o principal: Os jogos e seus personagens.
Nota: 5/10
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