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Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore | Corrigindo os erros do passado

É o melhor filme da franquia! Não tem modo melhor de começar um texto do que deixando claro que “Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore” supera seus antecessores em quase todos os quesitos. Mas isso é o suficiente?

Na trama, Gellert Grindelwald está se movimentando para assumir o controle do mundo mágico e cabe a Dumbledore reunir uma equipe de bruxos (e um trouxa) para impedir a ascensão do bruxo das trevas.

Na realidade, o que vemos nesse filme é um projeto que tenta arrumar todos os erros apresentados anteriormente. E ele tem êxito nesse quesito, começando com a troca de atores. Com a saída de Johnny Depp, Mads Mikkelsen entrega um Grindewald mais sedutor, cruel e que consegue usar esses fatores para dar continuidade no discurso contra os trouxas. 

A quantidade enorme de subtramas apresentadas anteriormente também sofre correção. Aqui, com o roteiro de Steve Kloves, entende-se como muitas coisas foram mal feitas e que em nada serviam para a história. Quer um exemplo? O puro fan-service de Nagini nem aparece. É como se nunca tivesse existido. Outro exemplo? O grande problema de Credence (Ezra Miller) ser um Dumbledore... Resolvem da maneira mais fácil possível, sem tirar o foco dos protagonistas.

Ah sim, o protagonismo... Por mais que eu ame Newt Scamander (Eddie Redmayne), seu personagem não tem força o suficiente para assumir um papel primordial contra o bruxo mais maligno de todos os tempos (até então). O longa percebe isso e de forma gradativa passa o bastão para Alvo Dumbledore (Jude Law), que brilha do começo ao fim. 

E é curioso como o filme corrige um dos defeitos das adaptações de “Harry Potter e as Relíquias da Morte”: A história de Dumbledore. Apesar de não ter flashback, a produção conta o principal trauma que aflige o professor e confirma uma das principais teorias envolvendo sua irmã. 

Outro ponto para ser abordado são os animais. No primeiro filme as criaturas justificavam a trama e no segundo foram inseridas apenas para justificar o título. No terceiro é bem diferente. Os animais realmente fazem parte da trama.

De fato, “Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore” é o filme mais coerente, que não infla sua história com diversas subtramas desnecessárias. Apesar de não funcionar sozinho (com um começo, meio e fim bem definidos), o filme entende que faz parte de algo maior e que precisa ser avaliado na saga como um todo. Ainda assim, o roteiro entrega uma história envolvente onde os segredos do futuro diretor de Hogwarts não estão no seu passado, mas sim nos seus planos de salvar o mundo. 


Nota: 8/10

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