Santo Adeus. Marcos se aposenta!!!
Poucos atletas carregaram um histórico de lesões tão grande como Marcos. A carreira do goleiro foi inteiramente marcada por contusões. Basta ver que, em seus 18 anos como profissional, ele fez “apenas” 530 jogos pelo Palmeiras, quase a metade do que seu amigo e contemporâneo Rogério Ceni, que já soma 1.016 pelo São Paulo. Marcos tem 38 anos. Ceni, que completará 39 no próximo dia 22, deve se aposentar somente em dezembro.A primeira lesão grave ocorreu em 2000, quando fraturou o punho esquerdo. Por isso, os movimentos da mão esquerda de Marcos são limitados até hoje. Mas ele agradece o fato de não ter encerrado precocemente a carreira. Depois, o ídolo palmeirense acumulou uma série de outros problemas que chegou a elencar, em uma entrevista em abril do ano passado:
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- Já tive fratura na tíbia, no tornozelo direito. Cheguei a colocar uma placa, mas tirei porque me incomodava. Também tive problema no adutor, no punho e três vezes no antebraço. Também tive na clavícula, cabeçada na cara. Não tem como não ter nada. Você corre contra todo mundo. Os atacantes e os zagueiros estão vindo e você saindo contra eles. Faz parte da profissão - salientou na ocasião.
Os últimos momentos de Marcos com o Palmeiras foram doloridos não só pelo corpo cansado, mas também pelos resultados. A última vez em que o goleiro levantou uma taça foi no Paulista de 2008, quando superou a Ponte Preta. Depois disso a equipe penou nos Nacionais e na Libertadores do ano passado.
Os maus resultados, aliados ao dolorido das lesões que já sofreu, fizeram com que o atleta encerrasse a carreira.
Enredo de filme
A história de "São Marcos" pelo Palmeiras, como qualquer romance, tem enredos variados e vai virar filme – um documentário a ser lançado durante as festas do centenário do clube, em 2014. Titular desde o fim dos anos 90, quando assumiu o posto deixado por Velloso, Marcos passou poucas e boas com o Alviverde. Nos melhores momentos guardados na sua memória estão a conquista da Libertadores de 1999 e a volta para a Série A do Nacional, em 2003. Dos dissabores, Marcos se lembra da perda do Mundial de Clubes para o Manchester United (1 a 0, em 99) e a derrota para o Vitória na Copa do Brasil de 2003 por 7 a 2.
- Admiti que falhei no gol do Manchester e até cheguei a falar que estava bem se a partida fosse para os pênaltis. Se isso acontecesse, teria me consagrado. É um peso que carrego. A furada no gol do Vitória (o sétimo) passam até hoje na TV. Essas coisas fizeram com que eu aprendesse muito. Na final da Libertadores e durante a Copa de 2002 fui perfeito, sem erros. E na Série B tive muita responsabilidade naquele ano, mas tudo correu como imaginei – relembrou, em entrevista recente.

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