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Barcelona derrota Real de virada no Bernabéu.

      No dia internacional do riso, o torcedor do Barcelona voltou a gargalhar após mais um confronto com o Real Madrid. De virada, o time de Messi e companhia derrotou o arquirrival por 2 a 1 no jogo de ida das quartas de final da Copa do Rei. Os gols do triunfo no Santiago Bernabéu foram anotados por Puyol e Abidal. O francês, ironicamente, celebrou dançando o hit “Ai, se eu te pego” de Michel Teló que, na semana passada, visitou o CT do Real.
      Responsável pela disseminação da música pelo mundo, Cristiano Ronaldo mostrou não ter “alergia” aos grandes jogos e fez o gol de honra merengue (com uma ajudinha do goleiro Pinto, é verdade).
      Com o resultado, o Barcelona joga por um empate na partida de volta, na próxima quarta-feira, no Camp Nou, para passar de fase e devolver a perda do título da Copa do Rei na temporada passada justamente para o Real.


      Depois de fazer um treino na manhã do clássico e levar todo elenco para a concentração, o técnico José Mourinho surpreendeu muita gente com a escalação do Real. O português barrou Özil e Marcelo e colocou em seus lugares, respectivamente, o volante Diarra e o compatriota Fabio Coentrão. Até aí, nada muito absurdo. Isso senão fosse a presença do meia turco-alemão Altintop, que pouco é aproveitado, na lateral direita.
      Pelo lado do Barcelona, Pep Guardiola, aniversariante do dia completando 41 anos, manteve o de sempre. A única novidade foi a entrada do goleiro reserva Pinto, que sempre disputa os jogos da Copa do Rei, na vaga de Valdés.



      Com essa formação diferente e três atacantes (Cristiano Ronaldo, Higuaín e Benzema), o Real começou melhor e, aos 11 minutos, abriu o placar. Benzema puxou contra-ataque e lançou na medida para Cristiano na ponta esquerda. O gajo pedalou sem muito estilo para cima de Piqué, mas o suficiente para, já dentro da área, arrumar espaço para um forte chute seco por baixo das pernas de Pinto, que acabou falhando.
      O gol não abalou o Barcelona que, assim que deu a saída para o recomeço da partida, passou a encurralar o arquirrival. Aos 13, Messi, que completava 300 jogos com a camisa blaugrana, recebeu na esquerda e chutou rasteiro obrigando Casillas fazer grande defesa. Na sequencia, o camisa 1 contou com a sorte em uma cabeçada do chileno Alexis Sánchez que carimbou o travessão.
      Aos 19, a primeira jogada mais ríspida da partida. Piqué e Pepe subiram para disputar uma bola área e o cotovelo do zagueiro catalão acabou sobrando no rosto do luso-brasileiro. Amarelo para o futuro marido de Shakira.



      Completamente retrancado e explorando esporádicos contragolpes sem muito sucesso, o Real viu o Barcelona aplicar uma verdadeira blitz, forçando principalmente o lado direito da defesa do Real que tinha o improvisado Altintop. Por ali, Messi, aos 25, voltou a obrigar Casillas se esticar todo, e Iniesta, aos 29, perder uma chance incrível após tabelinha com Xavi e Sánchez.
      Feio ou não, o ferrolho de Mourinho saiu para o intervalo sem sofrer gols e com 100% de aproveitamento. Obviamente, não na posse de bola, que foi totalmente do Barcelona como sempre (66%), mas, sim, na eficácia dos arremates: um chute, um gol.
      Na volta para o segundo tempo, o Real mal teve tempo para respirar e, aos três, sofreu o empate. Xavi cobrou escanteio da esquerda, Puyol se antecipou a Pepe e, de peixinho, estufou a rede.
      Aos 12, o Real, que seguia vendo o Barcelona dominar a partida após o empate, conseguiu chegar com perigo pela segunda vez na partida. Lass Diarra lançou Altintop que cruzou para Benzema. O francês cabeceou com estilo, mas a bola caprichosamente acertou a trave e foi para fora.
     Disposto a vencer em casa, Mourinho abandonou o sistema mais defensivo, sacando Diarra e Higuaín – que apesar da boa média de gols, não teve uma boa atuação – e colocando, respectivamente, Özil e Callejón.
     No entanto, as mudanças não surtiram o efeito desejado. E vendo o Barcelona dominar amplamente o confronto, os jogadores do Real começaram a perder a cabeça. Primeiro, Sergio Ramos levou amarelo por uma falta sem bola em Sánchez. Depois, Callejón derrubou Messi e foi advertido.



      Caído no chão após a pancada, o argentino ainda levou um pisão de Pepe na mão esquerda. A atitude revoltou os atletas do Barça, que pediram o vermelho. No entanto, o árbitro Muñiz Fernández alegou que não viu e nada fez.
      E no meio de todo esse nervosismo, o Barcelona acabou conseguindo a merecida virada aos 31. Messi deu lançamento primoroso para Abidal. O lateral francês, em condição legal apesar das reclamações merengues, dominou e chutou na saída de Casillas. Na comemoração, ao lado do brasileiro Daniel Alves, coreografia do hit “Ai, se eu te pego” de Michel Teló, que na semana passada visitara justamente o Real. Ironia do destino...
      Com a vantagem, o Barcelona cozinhou a partida até o final e assegurou o resultado, fazendo a festa dos pouco mais de 500 torcedores culés que foram até Madri. Enquanto isso, o lado merengue vaiou o time.

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