Vettel é bicampeão da Fórmula 1
Após a pole sensacional no sábado e a largada ousada no domingo, quando fechou Jenson Button e manteve a ponta, Sebastian Vettel parecia disposto a repetir seu roteiro de domínio no GP do Japão. Nem precisou. O desgaste dos pneus macios em Suzuka mudou um pouco a história da corrida, mas não um destino que já parecia traçado há muito tempo. Atrás de apenas um ponto, o alemão da RBR fez uma prova sem riscos neste domingo e cruzou em terceiro lugar. Foi o suficiente para se tornar o mais jovem bicampeão da história da Fórmula 1, aos 24 anos, três meses e seis dias. A marca anterior pertencia a Fernando Alonso, que em 2006 conquistou seu segundo título na categoria com 25 anos e dois meses e 24 dias.
Único capaz de impedir a conquista do rival no Japão, Button fez seu papel e venceu. Mas para manter a esperança de título, o inglês da McLaren precisava ver Vettel fora da zona de pontuação, e não em cima do pódio, como aconteceu. Pódio este que teve ainda Fernando Alonso, da Ferrari, como segundo colocado. Felipe Massa chegou em sétimo, e Bruno Senna foi o 16º, seguido por Rubens Barrichello.
Vettel chegou aos 324 pontos em 2011 e se tornou o sétimo piloto a conquistar um título em Suzuka, na 11ª decisão desde que ele entrou no calendário, em 1987 (só esteve fora em 2007 e 2008, quando o GP foi realizado em Monte Fuji). Ele se junta ao seleto grupo formado por Ayrton Senna (1988, 1990 e 1991), Mika Hakkinen (1998 e 1999), Michael Schumacher (2000 e 2003), Nelson Piquet (1987), Alain Prost (1989) e Damon Hil (1996), que foram campeões da F-1 no tradicional circuito japonês.
Button deu um show de estratégia na corrida e chegou aos 210 pontos no campeonato. O inglês apostou em seu talento para conservar os pneus e lucrou com isso, conseguindo sua primeira vitória pela McLaren em pista seca. Na briga pelo vice-campeonato, ele abriu oito pontos de vantagem sobre Fernando Alonso, segundo colocado na corrida. Também com chances, Mark Webber, da RBR, terminou em quarto em Suzuka e tem agora 194 pontos no Mundial de Pilotos.
Após duas semanas, a polêmica de Cingapura retornou com força em Suzuka. Lewis Hamilton, que chegou em quinto e também tem chances de lutar pelo vice em 2011, tocou em Felipe Massa na 22ª volta e danificou a asa dianteira da Ferrari. O incidente foi investigado pelos comissários do GP do Japão, mas eles decidiram não punir o inglês. O brasileiro acabou apenas na sétima posição, atrás do alemão Michael Schumacher, da Mercedes, o sexto colocado.
Bruno Senna saiu na nona posição, mas teve problemas na largada e ficou longe dos dez primeiros em Suzuka. O brasileiro sofreu com os danos na asa dianteira no início e chegou apenas em 16º. Vitaly Petrov, seu companheiro, foi o nono colocado e fez dois pontos. Rubens Barrichello, da Williams, também não andou bem e foi só o 17º colocado no GP do Japão.
A corrida
O domingo começou com tempo ensolarado em Suzuka, sem a ameaça de chuva para a corrida. Na largada, Vettel manteve a ponta, mas fechou Button, que saiu melhor. O inglês chegou a colocar duas rodas na grama, mas se manteve na pista. Entretanto, ele perdeu a posição para o companheiro Hamilton na primeira curva do circuito, caiu para terceiro e reclamou pelo rádio. Os comissários investigaram o incidente, mas decidiram não punir o alemão da RBR. Massa se manteve à frente de Alonso, em quarto. Bruno Senna e Barrichello perderam posições.
O alto desgaste antecipou a parada de Vettel para a nona volta, no que foi seguido por Button na 11ª. A diferença entre os dois caiu e o inglês da McLaren começou a ameaçar o alemão da RBR. Nessa altura, antes de seu pit stop, Massa liderava a prova, mas caiu para quinto após entrar nos boxes. Ele voltou atrás de Hamilton, na reedição do duelo polêmico de Cingapura.
Na frente, Vettel e Button continuavam a trocar voltas mais rápidas, mas o
alemão precisou fazer o pit stop mais cedo, na 20ª volta. Administrando melhor o
desgaste dos pneus macios, o inglês ficou na pista tentando andar rápido. A
tática deu certo e ele conseguiu superar o líder do campeonato após sua parada,
na passagem seguinte.
Hamilton e Massa continuavam a andar juntos. E na 22ª volta, a polêmica
voltou. O brasileiro tentou a ultrapassagem na freada para a chicane Triangle e
o inglês ignorou a presença do rival: jogou o carro para o lado e danificou a
asa dianteira da Ferrari. Apesar do risco de punições, os comissários decidiram
não tomar atitudes contra o inglês da McLaren.
O detrito deixado pela Ferrari provocou a entrada do safety car na 24ª volta. Os pilotos foram reagrupados e a relargada foi autorizada três passagens depois. Button manteve a ponta, seguido por Vettel, que fez sua última parada na 34ª volta. O alemão colocou os pneus médios mais cedo que seus rivais e começou a perder tempo na pista. Com isso, perdeu a segunda posição em Suzuka para Alonso, que entrou nos boxes na 38ª. O espanhol conseguiu a vantagem ao andar mais rápido antes da troca.
O detrito deixado pela Ferrari provocou a entrada do safety car na 24ª volta. Os pilotos foram reagrupados e a relargada foi autorizada três passagens depois. Button manteve a ponta, seguido por Vettel, que fez sua última parada na 34ª volta. O alemão colocou os pneus médios mais cedo que seus rivais e começou a perder tempo na pista. Com isso, perdeu a segunda posição em Suzuka para Alonso, que entrou nos boxes na 38ª. O espanhol conseguiu a vantagem ao andar mais rápido antes da troca.
As últimas voltas foram palco de uma perseguição de Vettel a Alonso. O alemão
chegou a tentar duas vezes a ultrapassagem sobre o espanhol, sem sucesso, mas a
equipe pediu que ele poupasse o carro para o final. Depois foi a vez do espanhol
tentar um bote sobre Button, mas o rival soube administrar a corrida até o fim.
Após a chegada e o bi de Vettel, o inglês parou sua McLaren após a saída dos
boxes, sem condições de completar a volta da vitória.
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